Depois de o líder do Chega ter afirmado, esta segunda-feira, após a audiência em Belém, que Marcelo "desmentiu cabalmente" a intenção de travar a entrada do Chega no Governo, o presidente da República emitiu uma nota a dar conta de que não comenta "declarações de partidos políticos nem notícias de jornais".
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A pequena nota foi publicada no site oficial da Presidência.
"Como tem repetidamente afirmado o presidente da República não comenta declarações de partidos políticos nem notícias de jornais", escreveu Marcelo Rebelo de Sousa, minutos após uma audiência com o líder do Chega centrada no resultado das legislativas de dia 10.
Antes de sair do Palácio de Belém, André Ventura tinha afirmando que "o senhor presidente da República desmentiu cabalmente e categoricamente que tivesse manifestado qualquer intenção de impedir que o Chega fizesse parte integrante ou liderante ou de qualquer outra forma do Governo da República".
Aliança Democrática (AD), que junta PSD, CDS e PPM, com 29,49%, conseguiu 79 deputados na Assembleia da República, nas eleições legislativas de domingo, contra 77 do PS (28,66%), seguindo-se o Chega com 48 deputados eleitos (18,06%).
A IL, com oito lugares, o BE, com cinco, e o PAN, com um, mantiveram o número de deputados. O Livre passou de um para quatro eleitos enquanto a CDU perdeu dois lugares e ficou com quatro deputados.
Estão ainda por apurar os quatro deputados pela emigração, o que só acontece no dia 20 de março. Só depois dessa data, e de ouvir os partidos com representação parlamentar, o Presidente da República indigitará o novo primeiro-ministro.