O presidente da República, Marcelo rebelo de Sousa, continua a acreditar que o apoio da Esquerda parlamentar será a chave para a manutenção do governo de Costa e pede paciência à Direita.
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Com a a atual legislatura a meio, e após um orçamento de estado, o de 2021, que sinalizou o fim da "geringonça", com o Bloco de Esquerda a votar contra a proposta do Governo PS, Marcelo Rebelo de Sousa não antevê problemas para a segunda metade da legislatura, confiando que a solução continuará à Esquerda.
"O PCP, o PAN e o PEV não fecham a porta à convergência para a segunda metade da legislatura. Nem o BE fecha portas para o futuro. E não vejo razões para duvidar", disse Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações ao semanário "Expresso", não antevendo, por isso, problemas de maior a partir de março, quando deverá iniciar, dizem todas as sondagens, um novo mandato em Belém
"A votação dos Orçamentos para 2020 e 2021 não foi mais complexa do que a dos orçamentos para 2018 e 2019, apesar da composição parlamentar ser agora mais difícil e a situação pandémica, económica e social também", acrescentou o presidente da República, que continua a olhar para a Esquerda como a solução política mais estável para o futuro.
Marcelo que falava para justificar o facto de ter avançado para a candidatura a um segundo mandato a Belém, pede à Direita que saiba esperar e que não tenha pressa. Após as autárquicas, cujos resultados podem reforçar líderes ou levar as mudanças, se verá se na família política do presidente da República haverá novidades nas lideranças. E Passos Coelho continua por aí, o que parece agradar ao atual e futuro inquilino de Belém.