A popularidade de Marcelo Rebelo de Sousa não tem rivais. São agora 92% (um novo recorde) os que fazem uma avaliação positiva da ação do presidente da República (31% dizem que é uma atuação muito boa).
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De acordo com a sondagem de julho da Pitagórica para o JN e a TSF, já não são apenas os eleitores socialistas que se destacam no entusiasmo: o presidente faz o pleno à Esquerda e consegue uma avaliação positiva entre 95% dos inquiridos que dizem votar no PS, na CDU e no BE. Os únicos que destoam são os da sua família política de origem (Marcelo já foi líder do PSD): ainda assim, 86% estão satisfeitos.
Em termos geográficos, é em Lisboa que a avaliação bate recordes (95%). Sendo no entanto de notar que, no Porto, consegue um feito sem igual em qualquer outra das subamostras: 44% dão-lhe um "muito bom".
Com tais níveis de popularidade, não espanta que a confiança em Marcelo (60%) seja maior do que a que é depositada em Costa (28%), e que esteja a ganhar terreno (mais quatro pontos do que em maio). Nesta questão, já é o eleitorado mais à Direita que se destaca no apoio ao presidente (84%), até porque se recusam a entregar a sua confiança ao primeiro-ministro (apenas 0,8%). Nota de realce é que, mesmo entre os socialistas, Marcelo (38%) leva a melhor sobre Costa (16%).
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Como é habitual, o barómetro pergunta também se o presidente deve ou não ser mais exigente com o Governo: os que respondem que sim são agora 65% (mais quatro pontos percentuais do que em maio), enquanto os que respondem que não descem três pontos (31%). Sem surpresas, é à Direita que o pedido de maior exigência é mais veemente (78%). Os únicos em que o não (54%) ganha ao sim (42%) são os eleitores da CDU.
Críticas à Oposição
O desempenho da Oposição continua a merecer fortes críticas dos portugueses. São agora 56% os que fazem uma avaliação negativa (mais cinco pontos percentuais do que em abril), por contraponto aos escassos 8% que têm opinião positiva.
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Esta avaliação é particularmente relevante entre o eleitorado mais à Direita (PSD e CDS), uma vez que os que fazem uma avaliação negativa passaram de 43%, em maio, para 50%, em julho. Ao contrário, diminuíram de 11% para 9% os que fazem uma avaliação positiva.
É no Grande Porto que a crítica é mais feroz (63% de avaliações negativas) e no Norte que a Oposição congrega mais apoio (12% de avaliações positivas).
Com semelhante avaliação, talvez não seja uma boa notícia para Rui Rio que seja ele o líder da Oposição para 38% dos inquiridos (mais oito pontos que em maio). Assunção Cristas continua a perder gás, também neste ranking (17%).