<p>Gerry McCann negou que a mulher tenha ligado a um inspector da PJ, semanas após o desaparecimento de Madeleine, pedindo-lhe que procurasse o corpo da menor num morro junto à Praia da Luz. Um desmentido feito, ontem, antes de rumar ao Reino Unido.</p>
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O inspector da Polícia Judiciária, que estabelecia a ligação com o casal McCann, Ricardo Paiva, foi desmentido por Gerry McCann, ontem, quanto às declarações que produziu no julgamento do livro de Gonçalo Amaral, "Maddie - A verdade da mentira".
À saída da 7ª Vara Cível do Palácio da Justiça, em Lisboa, e antes de partir para Inglaterra, Gerry garantiu que a mulher não contactou aquele inspector, adiantando que havia sonhado com a morte da filha e pedindo-lhe que encontrasse o corpo numa área específica: um morro de terra perto da Praia da Luz, em Lagos.
"Quero deixar claro que Kate nunca teve o tal sonho de que a Madeleine estava enterrada num sítio qualquer", referiu, visivelmente emocionado, após as testemunhas de Gonçalo Amaral terem exposto grande parte do inquérito ao incidente da noite de 3 de Maio de 2007.
"É de lamentar que certos inspectores nos considerem suspeitos no desaparecimento de Maddie e que não tenham mudado de ideias apesar da falta de provas", acrescentou, antes da partida, deixando em Portugal Kate McCann, que regressa, hoje, sozinha ao tribunal.
À excepção do testemunho do ex-inspector da PJ Moita Flores, que apelidou o julgamento do livro um "atentado à liberdade", a sessão de ontem foi preenchida com as testemunhas arroladas pela editora 'Guerra e Paz', que publicou aquela obra. Segundo números adiantados por um editor, só em Portugal, o livro vendeu 180 mil exemplares [ler caixa].