<p>Ainda não chegou ao fim o julgamento que opõe os McCann a Gonçalo Amaral, mas já se vislumbra uma nova acção contra o ex-inspector da PJ: o casal irá processar Amaral por ter preparado o seu livro sobre "Maddie" muito antes do processo ter sido arquivado.</p>
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O julgamento sobre a proibição do livro "Maddie - A verdade da mentira", de Gonçalo Amaral, só terá novos episódios a 10 de Fevereiro, com as alegações finais, mas o ex-inspector da Polícia Judiciária poderá voltar às barras do tribunal devido a outra acção judicial interposta por Gerry e Kate McCann.
O casal irá processar Amaral por alegada violação do segredo de justiça, porque consideram que o livro foi desenvolvido antes de emitido o despacho de arquivamento do processo sobre o desaparecimento de Madeleine, em Lagos. Ou seja, para os McCann o ex-inspector reproduziu documentação que estava abrangida pelo segredo de justiça.
Segundo Isabel Duarte, advogada do casal, a acção entrará na "próxima semana". O compasso de espera deve-se à necessidade de extrair do julgamento, que teve ontem mais uma sessão, no Palácio da Justiça, em Lisboa, uma certidão das declarações de Mário Sena Lopes, ex-director da editora 'Guerra e Paz'. O editor adiantou, na quarta-feira, que o livro estava pronto a 24 de Julho de 2008, antes do arquivamento feito pelo procurador Magalhães e Menezes.
Ao JN, Isabel Duarte salientou que Amaral era obrigado a uma ética profissional, que não respeitou. "Não podia escrever sobre factos que investigou num processo que ainda não tinha sido arquivado, violando a presunção de inocência de Kate e Gerry", disse.