O especialista em neurorradiologia, Gabriel Branco, um dos "Médicos pela Verdade", integra o grupo de sete clínicos que estão a ser investigados pela Ordem.
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Chefe de serviço do Hospital Egas Moniz, em Lisboa, Gabriel Branco, tem dois processos disciplinares abertos pelo Conselho Disciplinar do Sul da Ordem dos Médicos (OM), apurou o JN.
O médico, de acordo com o jornal online Observador, terá passado declarações a doentes com indicação clínica para os libertar da obrigatoriedade de usar máscara como forma de proteção contra a covid-19.
Uma competência que não pertencerá à sua especialidade, segundo a Sociedade Portuguesa de Radiologia, apesar de o clínico, citado pela mesma fonte, assegurar o contrário.
Gabriel Branco é um dos fundadores do grupo "Médicos Pela Verdade" e tem vindo a defender publicamente que as máscaras apenas devem ser usadas por pessoas doentes em contacto com pessoas saudáveis, pelos cuidadores e por quem desinfeta zonas hospitalares onde a doença é tratada.
Esta e outras posições, que a OM considera que desvalorizam o risco da pandemia, levaram à abertura de processos disciplinares também contra outros seis médicos do grupo.
Médicos notificados
Maria do Céu Machado, que preside ao Conselho Disciplinar Regional do Sul, da OM, revelou ao JN que os médicos em causa já foram notificados. Tendo "quase todos" respondido com a sua argumentação.
A médica espera que haja uma decisão "em breve". O conselho reúne quinzenalmente às terças-feiras. Mas, adiantou a presidente, este processo ainda se pode arrastar no tempo, pois há recursos que podem ser interpostos.
Em último caso, se os médicos visados não concordarem com a decisão, podem recorrer para os tribunais.