"Há muitas falhas e muitos erros nas listas para a vacinação", disse Nuno Jacinto, presidente da Associação de Medicina Geral e Familiar, confirmando a denúncia feita por Carlos Carreiras, presidente da Câmara de Cascais.
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Nas listas enviadas pelas autoridades de saúde onde constam as pessoas que devem ser vacinadas "estão várias pessoas que já morreram", disse Nuno Jacinto. "Verificamos que, no dia-a-dia, tem havido algumas falhas e lapsos nas listas, que nos obrigam a ter muito mais trabalho a fazer o agendamento", acrescentou.
O não cruzamento de informações entre as plataformas usadas pelos serviços de saúde, segundo o médico, está na origem da "incorreção" dos dados. Para além dos óbitos, a total ausência de contactos ou a falta de contactos atualizados é outra dor de cabeça para os médicos de medicina geral e familiar.
"Quando nas listas enviadas aparecem nomes de utentes sem contactos atualizados, muitas vezes acabamos por conhecer algum familiar do utente e temos de utilizar essa via para chegar ao utente que pretendemos vacinar", explica.
A solução passa pela atualização dos dados no Registo Nacional de Utente. "Há anos que existe este problema dos dados incorretos ou da falta de dados mas agora é pior", finalizou o presidente da Associação de Medicina Geral e Familiar.