Prescrição de exames e medicamentos, internamentos e idas à urgência pesam 40% em avaliação que vale até 2860 euros para médicos de família.
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Os médicos de família vão ganhar menos se prescreverem exames e medicamentos acima dos limites fixados numa portaria que regula o índice de desempenho das equipas das novas unidades de saúde familiar (USF). Para os especialistas de medicina geral e familiar, este índice pode representar até 2860 euros por mês e com as novas regras quase metade pode ficar em risco. A proposta de portaria foi apresentada esta semana pelo Ministério da Saúde aos sindicatos dos médicos, dos enfermeiros e dos assistentes técnicos. O diploma ainda poderá ser alterado, mas será aprovado até terça-feira, antes da votação do Orçamento do Estado.
O índice de desempenho das equipas (IDE) tem 43 indicadores que avaliam o trabalho dos profissionais das USF, mas há quatro que pesam 40% do total: dois relacionados com a prescrição dos fármacos e meios complementares de diagnóstico e terapêutica, um que avalia a taxa de internamentos evitáveis e outro relacionado com a resposta das unidades de saúde (consultas no próprio dia) face às idas dos utentes às urgências.