Marques Mendes afirmou hoje estar “em choque” com a morte do ex-ministro Miguel Macedo, que lembrou como “um político competente” e “uma pessoa que deu tudo ao país”. Luís Montenegro sublinhou ter morrido um "homem bom" e Marcelo Rebelo de Sousa destacou a capacidade de resistência e afabilidade do antigo político.
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Visivelmente emocionado, Luís Marques Mendes fez uma declaração aos jornalistas à entrada para o Conselho de Estado, em Belém, sobre a morte do seu antigo secretário-geral quando liderou o PSD.
“Eu estou, como toda a gente, em estado de choque, porque eu tinha falado com o doutor Miguel Macedo ainda há dois dias, e achei-o lindamente, e por isso, neste momento, é um momento muito difícil, muito amargo”, disse.
Oo candidato presidencial, que contou na sua apresentação em Fafe com a presença de Macedo, lembrou o antigo ministro não apenas como “um político competente, uma pessoa que deu tudo ao país, tudo o que tinha, tudo o que sabia”.
“Para além disso, era uma pessoa fantástica no plano pessoal, uma pessoa fantástica, um homem bom, uma pessoa boa, bem formada, de caráter”, disse.
Pessoalmente, lembrou-o como um dos seus maiores amigos.
“Nós éramos amigos desde os 20 anos. Fizemos uma vida pessoal e política muito juntos. É um dos meus maiores amigos. E, por isso, neste momento, além de estar em estado de choque, tenho de reconhecer que é uma perda irreparável”, considerou, expressando a sua homenagem e solidariedade à família de Miguel Macedo.
Presidente da República recorda capacidade de resistência e afabilidade raras
O Presidente da República manifestou hoje pesar pela morte do ex-ministro social-democrata Miguel Macedo, lembrando-o pela capacidade de “resistência e afabilidade raras” bem como pela “preocupação permanente” com o país e o mundo.
Numa nota publicada na página oficial da Presidência da República na internet, Marcelo Rebelo de Sousa disse ter tomado conhecimento da morte de Miguel Macedo com "muita consternação” e lembrou o antigo ministro pela “preocupação permanente com a realidade nacional e internacional” e o respeito que “granjeou nos mais variados setores da vida portuguesa”.
O Presidente da República assinalou também a “resistência e afabilidade raras” com que “enfrentou situações adversas” e os “momentos mais felizes” da sua atividade profissional.
“O Presidente da República apresenta à família os seus sentidos pêsames, inseparável de uma antiga amizade”, lê-se no comunicado.
“Morreu um homem bom”, diz Luís Montenegro
O primeiro-ministro e presidente do PSD manifestou hoje “profunda consternação” pela morte do ex-ministro Miguel Macedo, dizendo que morreu “um homem bom”.
À entrada para o Conselho de Estado, Luís Montenegro pediu desculpa por “perturbar o normal funcionamento da entrada dos conselheiros de Estado” para fazer, a título completamente excecional, uma declaração sobre a morte de Miguel Macedo.
“Como sabem, durante muitos anos acompanhei-o pessoalmente, politicamente, e vejo-o partir de forma absolutamente inesperada e quero nesta ocasião, em primeiro lugar, endereçar uma palavra de profunda consternação e solidariedade a toda a sua família, à sua mulher, à sua filha, a todos os seus amigos”, disse Montenegro, que foi vice-presidente da bancada do PSD quando Macedo era presidente do grupo parlamentar.
E acrescentou: “É, de facto, com grande tristeza que vemos partir um homem bom, um homem que dedicou muito da sua vida à causa pública, um homem sério, um homem determinado, um amigo, um homem de pensamento, um homem de ação também”, afirmou.
Montenegro lembrou Miguel Macedo como “um homem que serviu o país em várias circunstâncias”: na Assembleia da República como deputado, como líder parlamentar, no Governo como secretário de Estado, como ministro, nas autarquias locais.
“Alguém a quem o povo português - e permitindo-me também falar em nome do PSD - o PS, muito deve. É um momento de grande tristeza, um momento de profundíssima consternação, mas também um momento em que quero evocar as qualidades humanas e políticas de uma personalidade que tocou muitos portugueses e tocou também muitos políticos e eu sou um deles”, declarou.
O ex-ministro social-democrata Miguel Macedo morreu hoje aos 65 anos.
Miguel Macedo desempenhou vários cargos políticos, entre os quais de deputado, líder parlamentar e ministro da Administração Interna, entre 2011 e 2014, sendo atualmente comentador na CNN/Portugal e da TSF no programa "O Princípio da Incerteza".
Presidente da CCDR-Norte lamenta morte de "homem do Norte"
O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-Norte) lamentou hoje a morte do ex-ministro Miguel Macedo e lembrou o "homem do Norte" que deixa "a sua marca em áreas basilares" do desenvolvimento do território.
Numa publicação nas redes sociais, o presidente da CCDR-Norte, António Cunha, lamentou a partida de Miguel Macedo, que morreu hoje aos 65 anos, segundo disse à Lusa fonte do PSD.
"Um Homem do Norte que, tendo dedicado grande parte da sua vida ao serviço do país e da democracia, deixa a sua marca em áreas basilares do desenvolvimento do nosso território", lê-se nas publicações no X e Instagram.
António Cunha deixa ainda condolências à família e amigos mais próximos.