Menezes: comparar Pedro Nuno com Cavaco é como "comparar um calhambeque com um Ferrari"

“Sempre que aparece um ex-líder do nosso partido, lá vem ele criticar. O que ele disse de Cavaco Silva! Já fui líder partidário. Sei a minha dimensão. Não vim aqui dizer que sou igual a um Churchill. Pedro Nuno Santos vem-se comparar a Cavaco Silva. Sei que o líder do PS adora automóveis de luxo mas, Pedro Nuno Santos, o senhor comparado com Cavaco Silva é comparar um Ferrari com um calhambeque encostado numa garagem. Não se compare e não compare a sua campanha com a nossa”, aconselhou o ex-líder do PSD, Luís Filipe Menezes.

Num comício, em Braga, o antigo autarca de Vila Nova de Gaia considerou que ex-dirigentes do PSD, como Cavaco Silva e Pedro Passos Coelho, têm surgido na campanha da AD porque nenhum antigo presidente do partido recusaria “estar ao lado” de Montenegro.

“Onde estão os ex-líderes do PS? Ainda há alguns vivos, Vítor Constâncio, António José Seguro... A uma semana das eleições, a ida de António Costa àquele comício no Porto é o desespero total, é uma tentativa desesperada de branquear o falhanço do atual líder do PS”, acusou Menezes.

Quanto ao facto de os socialistas sustentarem que Montenegro não tem competência para ser primeiro-ministro porque não tem “experiência governativa”, Menezes respondeu: “Mário Soares e Francisco Sá Carneiro foram primeiro-ministro sem nunca terem ocupado um cargo de presidente de Junta”.

Também o secretário-geral do PSD e cabeça de lista por Braga, Hugo Soares, atacou Pedro Nuno Santos, acusando o líder socialista de “lançar todos os medos nesta campanha”. “De facto, o PS tem feito esta campanha apenas a falar da AD. O PS não tem nada para oferecer ao país, o que oferece ao país é o medo e o receio. Na verdade, eles querem é acenar com o lobo mau”, atirou Hugo Soares.

“Nunca disse nada às pessoas que votam PS algo que incutisse medo”, lançou, de seguida, o líder do PSD, Luís Montenegro, acrescentando, mais tarde, que os socialistas confundem o Estado com o partido. “Sempre que o PS vai para o Governo o Estado fica todo partido e o partido fica todo no Estado”, afirmou, num comício em que também teve ao seu lado Miguel Macedo, o antigo secretário-geral de Marques Mendes.