O jovem marroquino de 16 anos que chegou de barco a Portugal a 11 de dezembro, juntamente com sete compatriotas adultos, começou na segunda-feira as aulas numa escola de Lisboa.
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O processo de inscrição do jovem só foi concluído agora porque, numa primeira fase, não houve vaga na escola das Olaias - que costuma receber os menores refugiados acolhidos pelo Conselho Português para os Refugiados (CPR). O jovem, que entrou para o 10.º ano, é um dos 52 que o CPR atualmente acolhe.
Fonte do Ministério da Educação disse ao JN que o processo avançou assim que houve conhecimento dele, tendo o jovem ficado matriculado na escola na semana passada. Tito Campos e Matos, vice-presidente do CPR, relatou os pormenores: "Entrou para o 10.º º ano, o ano de continuação dos estudos dele. Depois, a escola vai verificar se ele tem condições de se manter nesse ano ou se terá de ir para outro. Ele fala sobretudo árabe, tem dificuldades noutras línguas. A escola terá de dar esse apoio", diz.
À espera de asilo
"Neste momento estamos a acolher 52 menores não acompanhados", informa Campos e Matos. "Todos têm acompanhamento. Alguns vão ganhando autonomia e estão perto de sair, outros acabaram de chegar".
Quanto aos restantes marroquinos - o mais velho tem 26 anos - continuam "à espera da resposta da primeira fase do processo de asilo, que é a da admissibilidade", esclarece o dirigente do CPR. Caso lhes seja atribuída autorização de residência provisória, poderão aceitar a proposta do empresário de Baião que, em dezembro, lhes ofereceu emprego. Se houver autorização, "entraremos em contacto com o empresário para saber se a hipótese se concretiza".
Empresário que ofereceu emprego aguarda reunião
Se houver conjugação de vontades do SEF e dos jovens marroquinos em avançar com o processo de integração na Vialsil, "estamos de portas abertas para os receber", reafirma Paulo Portela. O administrador da empresa de Baião que opera no ramo da construção disse ao JN que continua à espera, até ao final do mês, que uma equipa do SEF visite a empresa para avaliar as condições de integração que está a oferecer.