Mais de 160 mil estão inscritos nos exames. Português volta a ser prova obrigatória.
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A primeira fase dos exames nacionais arranca daqui a uma semana (dia 17), estão inscritos 160.680 alunos, mais 4013 do que no ano passado, mas menos mil (88.637, quando no ano passado eram 89.715) querem ingressar no Ensino Superior.
Este ano, as mudanças na conclusão do Secundário também são aplicadas aos alunos do 12.º ano. O exame de Português volta a ser obrigatório como antes da pandemia. É, por esse motivo, que essa prova volta a ser a que tem mais inscritos: 81005, quase o dobro do ano passado. Biologia e Geologia (41.898), Física e Química (39.507) e Matemática A (38.733) são os outros exames com mais inscritos.
Entre 2020 e 2024, os exames contaram apenas como provas de ingresso ao Ensino Superior. Com o novo modelo, que começou a ser aplicado, no ano passado no 11.º ano, os alunos têm de fazer, pelo menos, três provas para concluírem o Secundário, que contam 25% para a classificação final dessas disciplinas (antes da pandemia, contavam 30%). Ou seja, os alunos têm de fazer mais exames com as novas regras. No total, de acordo com as inscrições, podem ser feitas 342.674 provas, mais quase 54 mil do que no ano passado.
Os dados revelados pelo Júri Nacional de Exames indicam que 38.617 alunos se inscreveram em provas para melhoraria de nota. A esmagadora maioria (197.579) é para aprovação do Secundário e acesso ao Ensino Superior. A primeira fase realiza-se entre 17 e 30 de junho. As pautas são afixadas a 15 de julho. A segunda fase será entre 18 e 24 de julho. E a primeira fase de candidaturas ao Ensino Superior é entre 21 de julho e 4 de agosto, sendo as colocações divulgadas a 24 de agosto.
Mudanças nas médias
A fórmula de cálculo da média do Secundário também vai mudar. As disciplinas vão deixar de contar todas de igual forma e passar a ter um peso diferenciado na conta consoante sejam anuais, bienais ou trienais.
A média do Secundário vai contar menos no acesso ao Ensino Superior – passa a contar, no mínimo 40% em vez de 50%. Logo, os exames vão ter um peso até 60% no ingresso. Estas alterações, recorde-se, foram aprovadas no último governo de António Costa e um dos objetivos era contrariar a inflação de notas.