O número de beneficiários do Complemento Solidário para Idosos (CSI) caiu 14% de maio para junho, o equivalente a menos 21 mil beneficiários. É o número mais baixo de há 15 anos. O Instituto da Segurança Social (ISS) vai lançar uma campanha de proximidade para abranger mais pessoas.
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O valor de referência do CSI subiu 50 euros para 488,21 euros por mês, que começaram a ser pagos a partir de julho. Contudo, segundo o Jornal de Negócios, a reavaliação de rendimento que foi feita acabou por ditar uma queda de 21 mil beneficiários, 90% dos quais por terem rendimentos de capital, prediais ou património imobiliário, excluindo habitação própria.
Atualmente, são 129,8 mil os idosos que recebem este apoio extra.
A presidente do ISS, Ana Vasques, confirmou ao Negócios que “há um conjunto de beneficiários que por terem outros rendimentos de capital, prediais, de património imobiliário [excluindo habitação própria] acabaram por deixar de reunir as condições”.
Uma das grandes dúvidas dos idosos é se o rendimento dos filhos afeta o montante ou o acesso ao CSI. A presidente do ISS confirma que houve casos em que a prestação terminou por causa disso, mas que depois do aumento extraordinário para beneficiários do 4º escalão, em 2020, passaram a ter um impacto “residual”.
Campanha de proximidade
Com o objetivo de garantir “um reforço social”, a ISS vai lançar uma campanha de próximidade visnado possíveis beneficiários do CSI que não tenham solicitado este apoio. Numa fase projeto-piloto, serão enviadas cartas com informação, contactos de juntas de freguesia ou de assistentes sociais e anexado um “formulário simplificado” para que se possam candidatar.