Os metros do Porto e de Lisboa tiveram mais 41,96 milhões de passageiros no ano passado do que em 2022. Juntando as embarcações da Transtejo e da Soflusa, a procura aumentou 21%, ficando, no entanto, ainda aquém do registo de 2019.
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Tanto o Metro do Porto como a Transtejo/Soflusa ultrapassaram o número de passageiros alcançado em 2019, mas a procura no Metropolitano de Lisboa permanece abaixo 7% da verificada no ano de pré-pandemia. O Ministério do Ambiente justifica os resultados com as empreitadas de melhoria da rede, que causaram constrangimentos na operação.
"De notar que, ao longo do ano de 2023, devido às obras de expansão da rede, o Metropolitano de Lisboa apresentou restrições na circulação que, provavelmente, não permitiram maior retoma da procura", explicou, em comunicado, o ministério, tutelado por Duarte Cordeiro.
Ainda assim, as três operadoras de transporte público coletivo, sob a alçada do Estado, registaram 260,44 milhões de passageiros em 2023, ficando apenas quatro milhões aquém de 2019. São mais 45,8 milhões de clientes do que em 2022.
Todos os meses a subir
Já o Metro do Porto teve o melhor registo dos últimos cinco anos, com um aumento consistente do número de passageiros ao longo do ano. Aliás, em todos os meses de 2023, as composições transportaram mais passageiros do que em 2019. Os melhores meses da operação do metropolitano do Grande Porto foram março (mais 22%) e junho (mais 19%), comparando com igual período de 2019.
O crescimento global da procura no Metro do Porto em 2023 foi de 21%, o que corresponde a mais 7,57 milhões de clientes do que no ano pré-pandemia e a mais 13,88 milhões de utentes do que em 2022. No ano passado, os veículos do metro transportaram 79 milhóes de pessoas.
A Transtejo/Soflusa chegou ao final do ano com 19,6 milhões de passageiros transportados, mais 24% do que em 2022 e 2% do que em 2019. Por sua vez, o Metropolitano de Lisboa fechou o ano de 2023 com 161,7 milhões de validações, mais 28 milhões do que em 2022 e menos 11,9 milhões do que em 2019.
O Ministério do Ambiente dá conta de que, no Orçamento do Estado para 2024, está prevista a criação do programa Incentiva +TP, que "substitui o PART e o Programa de Apoio à Densificação e Reforço da Oferta de Transporte Público (PROTransP), o qual será financiado, por consignação de parte das receitas das taxas de carbono, no valor de 360 milhões de euros, aos quais acrescem 50 milhões de euros para a manutenção dos preços dos passes".
Acresce que, desde o final de dezembro, estão à venda os passes gratuitos para jovens estudantes dos quatro aos 23 anos.