As “migrações e refugiados” são o principal desafio da União Europeia nos tempos mais próximos, segundo um inquérito da Federação Académica do Porto (FAP) aos estudantes universitários da cidade. Acresce que 96% pretendem votar nas eleições para o Parlamento Europeu.
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Francisco Porto Fernandes, presidente da FAP, destaca o interesse dos seus colegas em participar nas eleições de 9 de junho (96%) e o europeísmo dos estudantes do Ensino Superior da cidade (80%), mas há outros dados relevantes num inquérito feito presencialmente durante a Queima das Fitas do Porto, mas também online.
Quando se pergunta aos jovens quais os três tópicos que mais associam ao projeto europeu, há um que se destaca de todos os outros: a livre circulação foi escolhida por dois terços dos 730 inquiridos; seguiram-se a “paz e estabilidade” e os “fundos europeus”, por um terço dos estudantes.
Relativamente aos desafios da UE para os próximos anos, são as “migrações e refugiados” o que mais se destaca: cerca de metade apontou este tema, que aliás tem dominado a campanha eleitoral, pela vertente da imigração, nem tanto da emigração. Seguiram-se a “guerra na Ucrânia”, com 19%, e o “crescimento do populismo”, com 16%.
Preocupado com o que seria um “retrocesso brutal nos direitos, liberdade e garantias dos jovens portugueses”, o presidente da FAP destaca outra das respostas dos seus colegas da Academia do Porto: 75% não concordam com a reintrodução do Serviço Militar Obrigatório (12% concordam). Quanto à constituição de um exército único europeu, 36% dos estudantes universitários são a favor e 30% são contra, mas há 34% que não têm opinião.