O presidente em gestão do Governo Regional da Madeira venceu as eleições diretas no PSD madeirense com uma vantagem de 391 votos para o adversário Manuel António Correia, num universo de 4388 eleitores.
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Miguel Albuquerque venceu as eleições no PSD da Madeira, derrotando o seu adversário, Manuel António Correia, por 2246 votos contra 1854, num universo de 4388 votantes inscritos, indicou o secretariado do partido.
O ato eleitoral aconteceu na sequência da crise política provocada pela demissão, em janeiro, do presidente do Governo Regional (PSD/CDS), Miguel Albuquerque, após ser constituído arguido numa investigação judicial sobre suspeitas de corrupção no arquipélago.
Em janeiro, após uma investigação judicial relacionada com indícios de corrupção, o presidente do Governo Regional da Madeira foi constituído arguido e apresentou depois a demissão. Neste processo, o presidente da Câmara do Funchal, o social-democrata Pedro Calado foi detido e renunciou ao mandato, tendo o juiz de instrução concluído que não havia "indícios graves" dos crimes. O autarca foi libertado 21 dias depois. O mesmo aconteceu com dois empresários.
Assim, a resolução da crise política gerada na Madeira depende agora da decisão do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que só pode intervir no processo depois de 24 de março, quando perfazem os seis meses da posse da Assembleia Legislativa.
Esta foi a segunda vez que Miguel Albuquerque venceu Manuel António Correia numa disputa interna pela presidência do partido, tendo o primeiro confronto ocorrido em 2014, para escolher o sucessor do histórico líder Alberto João Jardim.
Na altura, Albuquerque derrotou Manuel António Correia, então secretário regional do Ambiente e Recursos Naturais, numa segunda volta, obtendo cerca de 63% dos votos, e manteve-se na liderança do partido até ao presente, recandidatando-se sempre sem oponente nas eleições internas.
Miguel Albuquerque, nascido em 4 de maio de 1961 (62 anos) e natural do Funchal, é advogado e tem no seu currículo político a presidência da Câmara do Funchal (1994-2013) e do Governo Regional da Madeira, desde 2015.