Manuel António Correia, que já tinha disputado o partido a nível regional em 2014, anunciou que será candidato à liderança dos sociais democratas madeirenses. Eleições disputam-se a 21 de março.
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Miguel Albuquerquer não ira disputar sozinho as eleições para o PSD/Madeira. Manuel António Correia será também candidato à presidência regional do partido, que irá a votos após a demissão do atual líder na sequência da sua constituição como arguido no âmbito da recente operação anti-corrupção. Albuquerque diz ter todas as condições para permanecer como líder, embora o assunto não seja pacífico no PSD com Luís Montenegro a demarcar-se da candidatura, dizendo ser uma opção de Albuquerque.
Manuel António Correia conseguiu, segundo revela o Diário de Notícias da Madeira, reunir as 200 assinaturas necessárias e avançará novamente após uma década em que esteve mais afastado da política ativa. O antigo secretário regional do Ambiente trabalhou durante 15 anos nas equipas de Alberto João Jardim, mas depois não alinhou com Miguel Albuquerque, tendo sido seu opositor interno.
Com o prazo para entrega de candidaturas a terminar esta quinta-feira, as eleições no PSD/Madeira estão marcadas para 21 de março.
"Divórcio" entre PSD e sociedade
"Esta lista está apostada no futuro. Não pretende gerir um fim de ciclo, ainda mais quando esse fim de ciclo não está a ser feliz e os madeirenses não se sentem representados no atual PSD", disse Manuel António Correia, esta quinta-feira, aos jornalistas, após entregar a sua candidatura na sede do PSD, no Funchal.
Correia disputou em 2014 a liderança do PSD/Madeira, mas foi derrotado na segunda volta contra Miguel Albuquerque, que reuniu 63% dos votos.
Miguel Albuquerque foi constituído arguido no processo que investiga suspeitas de corrupção na Madeira e demitiu-se do cargo de presidente do governo regional, sendo que sua exoneração levou à queda do executivo, de coligação PSD/CDS-PP, com o apoio parlamentar do PAN, e que está agora em gestão.
"Acima de tudo [queremos] resolver um problema que o PSD tem tido nos últimos anos na Madeira, eu diria especialmente nos últimos tempos, que é um divórcio completo entre o partido e a sociedade", acrescentou o antigo secretário regional do Ambiente e Recursos Naturais.