Milhares de portugueses saíram à rua este sábado, de norte a sul do país, em manifestações pelo direito à habitação.
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O protesto, organizado pelo coletivo Casa para Viver, que junta mais de 100 associações, abrange, pelo menos, 19 cidades: Albufeira, Aveiro, Beja, Benavente, Braga, Coimbra, Covilhã, Évora, Faro, Funchal, Lagos, Leiria, Lisboa, Portalegre, Portimão, Porto, Setúbal, Sines e Viseu.
No Porto, milhares de pessoas voltaram a percorrer a rua de Santa Catarina, para mostrar que "o Porto está na luta" pela habitação, embora a manifestação tenha tido menos adesão do que a anterior, em setembro, em que a PSP estimou terem participado cerca de oito mil pessoas.
Desta vez, a mancha de ocupação da rua de Santa Catarina ficou a cerca de metade do observado há quatro meses, constatou a Lusa no local.
Palavras de ordem como "Abril exige casa para viver", "estamos fartos de escolher pagar a renda ou comer" ou "Governo, escuta, o Porto está na luta" foram das mais entoadas ao longo do percurso na rua de Santa Catarina, desde a Praça da Batalha até à rua de Fernandes Tomás.
Em Lisboa, milhares de pessoas concentraram-se no início da Avenida Almirante Reis, junto à Alameda Dom Afonso Henrique, onde se destacam faixas, cartazes e bandeiras das várias associações. Dali, a manifestação seguiu em direção ao Arco da Rua Augusta, onde, além de intervenções dos organizadores, há concertos de artistas como Catarina Branco, Jhon Douglas, Luca Argel e Luís Severo.