Cerca de 8 mil militares e militarizados da Marinha vão participar num estudo que pretende estimar a efetividade da vacina da covid-19. O estudo resulta de uma parceria entre o Instituto Ricardo Jorge (INSA) e a Marinha, oficializada no início do mês, e vai basear-se em dados recolhidos desde o início da pandemia.
Corpo do artigo
De acordo com o comunicado enviado, o INSA vai construir "uma base de dados, a análise desses mesmos dados e a elaboração de um relatório final e de um artigo científico". A equipa do INSA vai ser composta pelos investigadores Ana Paula Rodrigues, Ausenda Machado, Baltazar Nunes, Sara Ramalhete e Verónica Gomez.
Em resposta ao JN, a Marinha Portuguesa explica que o estudo, além de estimar a efetividade da vacina, também pretende "monitorizar a falha da vacina" no seu universo.
"O estudo baseia-se no tratamento estatístico de dados referentes à vacinação e à positividade (testes COVID-19 realizados em unidades da Marinha) que foram recolhidos no âmbito do processo de vacinação e testagem na Marinha, desde março 2020 relativamente aos testes e fevereiro de 2021 relativamente à vacinação. Estes dados foram coligidos pelos profissionais de saúde da Marinha através de aplicações informáticas desenvolvidas internamente e específicas para este efeito. São dados anónimos de tratamento estatístico", afirma.
O Instituto Ricardo Jorge também acrescentou que o estudo vai decorrer durante 18 meses. A Marinha indica que "a população elegível para participar no estudo abrange cerca de 8000 pessoas no ativo".