Os militares portugueses que integram a missão das Nações Unidas na República Centro Africana estiveram envolvidos num forte tiroteio na capital, Bangui.
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A força de paraquedistas portugueses que integra a Minusca (missão da ONU neste país) foi "ativada cerca das 11.45 horas, para responder a uma situação de troca de tiros próximo de uma igreja católica a sul do 3º distrito na capital de Bangui (Notre Dame de Fátima)", informa o Estado Maior General das Forças Armadas (EMGFA) em comunicado.
À chegada ao local, "a Força portuguesa foi flagelada com vários disparos de armas ligeiras", lê-se no documento.
"Depois de reorganizados defensivamente na igreja, juntamente com outras unidades de capacetes azuis da Minusca e elementos da polícia local, com o fim de proteger a população, a Força portuguesa executou fogo e movimento, efetivando a segurança na área", acrescenta o EMGFA, sublinhando que "todos os militares portugueses encontram-se bem".
No passado dia 8 de abril, um militar português ficou ferido durante uma operação em Bangui. Os ferimentos foram provocados por uma granada ofensiva, tendo o militar ficado com estilhaços nas costas, na zona da omoplata direita.
A República Centro-Africana é um país atormentado por um conflito desde 2013. As autoridades centro-africanas apenas controlam uma pequena parte do território nacional. Num dos países mais pobres do mundo, vários grupos armados disputam províncias pelo controlo de diamantes, ouro e gado.
No início de março, a 3.ª Força Nacional Destacada (FND) partiu para a República Centro-Africana: um contingente composto por 138 militares, dos quais três da Força Aérea e 135 do Exército, a maioria oriunda do 1.º batalhão de Infantaria Paraquedista.
Estes militares juntaram-se aos 21 que já estavam no terreno, sediados no aquartelamento de Bangui, desde o dia 18 de fevereiro.