Os centros de saúde de Lisboa e Vale do Tejo vão continuar a contar com 63 clínicos reformados, que colmatam carências de médicos de família. Mas também há autorizações para os hospitais e juntas médicas.
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Através de vários despachos publicados, esta terça-feira, em Diário da República, o Ministério da Saúde ratifica o exercício de funções de mais de sete dezenas de médicos aposentados.
Na prática, os diplomas vêm regularizar a situação de médicos aposentados que já haviam regressado ao Serviço Nacional de Saúde e autorizar que se mantenham em funções nos próximos meses, a maioria até ao final do ano.
Um dos diplomas, que decorre de uma proposta da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, autoriza 63 médicos aposentados a manterem o serviço até ao final do ano em diversos agrupamentos de centros de saúde da região, a mais carenciada do país em médicos de família. As contratações são a tempo parcial ou a tempo completo, conforme disponibilidade manifestada pelos clínicos.
Em fevereiro, segundo dados do Portal do SNS, havia 1,17 milhões de utentes sem médico de família, dos quais 860 mil na região de Lisboa e Vale do Tejo.
Há ainda cinco médicos aposentados autorizados a continuar a fazer a avaliação das incapacidades das pessoas com deficiência, algumas horas por semana, nas juntas médicas do Algarve e de Trás-os-Montes.
Outros despachos autorizam quatro médicos aposentados a manterem funções a tempo parcial nos centros hospitalares do Barreiro-Montijo e Cova da Beira e nos hospitais de Setúbal e Distrital de Santarém.