O Ministério Público instaurou um inquérito com vista à investigação das circunstâncias que rodearam a morte de mais uma vítima de Pedrógão no âmbito de um acidente de viação.
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O Ministério Público garantiu, esta segunda-feira, que, no âmbito do inquérito aos incêndios de Pedrógão, foram identificadas, até ao momento, 64 vítimas mortais.
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Em comunicado, face a notícias recentemente vindas a público relativas aos incêndios de Pedrógão Grande e ao respetivo número de vítimas, o Ministério Público explica que, "no momento em que teve conhecimento do incêndio de Pedrógão Grande e suas consequências, instaurou inquérito nos termos legais, sendo as investigações desde logo iniciadas em estreita colaboração com a Polícia Judiciária (PJ) e a Guarda Nacional Republicana (GNR) e o apoio do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF) e das demais instituições envolvidas".
Instaurado um outro inquérito com vista à investigação das circunstâncias que rodearam a morte de mais uma vítima no âmbito de um acidente de viação
"No âmbito deste inquérito foram identificadas, até ao momento, 64 vítimas mortais", lê-se no comunicado que anuncia que foi ainda instaurado um outro inquérito com vista à investigação das circunstâncias que rodearam a morte de mais uma vítima no âmbito de um acidente de viação.
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Ambos os inquéritos correm termos no DIAP de Leiria, sob a direção articulada da Procuradora da República que coordena aquele Departamento do Ministério Público.
Esta segunda-feira, também a ministra da Administração Interna garantiu que "não existe uma lista secreta" das vítimas mortais do incêndio de Pedrógão Grande, sublinhando que os nomes constam de um processo judicial que está em segredo de justiça.
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Por sua vez, o primeiro-ministro, António Costa, apelou a que quem tenha conhecimento de um maior número de vítimas no incêndio de Pedrógão Grande, em junho, o comunique de imediato à Polícia Judiciária e ao Ministério Público. António Costa acrescentou que a informação de que dispõe é que todas as aldeias foram vistas, casa a casa, pelas autoridades, não tendo sido "identificada mais nenhuma situação".
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Na edição desta segunda-feira, o "jornal I" publica uma lista com 73 nomes que o jornal diz terem sido mortos confirmados da tragédia. Desta lista, elaborada por uma empresária para a realização de um memorial às vítimas, fazem parte 38 nomes de pessoas que morreram na Estrada Nacional 236.1, encurraladas pelos incêndios.
Já no fim de semana, o jornal "Expresso" referia que o número final de mortos, divulgado pelas autoridades, excluía pelo menos um caso: de uma senhora que morreu atropelava quando fugia às chamas.
O incêndio que deflagrou a 17 de junho em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, provocou pelo menos 64 mortos e mais de 200 feridos e só foi dado como extinto uma semana depois.
Das vítimas do incêndio que começou em Pedrógão Grande, segundo as autoridades pelo menos 47 morreram na Estrada Nacional 236.1, entre Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, concelhos também atingidos pelas chamas.