O Ministério da Saúde vai criar uma rede nacional de saúde oral nos cuidados primários, mas que vai contar também com os setores social e privado, anunciou a secretária de Estado Ana Povo.
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"Nesta rede nacional de saúde oral iremos também ter a nossa rede de colaboração com o setor social e privado", afirmou a secretária de Estado da Saúde, numa audição parlamentar sobre as políticas do ministério.
Segundo Ana Povo, a rede nacional vai ter em vista os gabinetes de saúde oral que existem nos cuidados de saúde primários e integra-se no plano nacional para esta área que vigorará durante quatro anos e que será apresentado em novembro.
Em março deste ano existiam nas 39 unidades locais de saúde (ULS) 222 gabinetes de saúde oral, que contavam com 139 médicos dentistas e 121 higienistas orais, referiu Ana Povo, na resposta aos deputados que a questionaram sobre a falta de profissionais desta área no SNS, que faz com que novas infraestruturas financiadas pelo Plano de Recuperação e Resiliência não estejam ainda a funcionar.
A secretária de Estado adiantou ainda que o programa de saúde oral vai permitir desmaterializar o cheque-dentista, que tem uma taxa de utilização de 67%, assim como criar um novo boletim de saúde oral e o cheque-prótese.
Na audição regimental, Ana Povo garantiu ainda que a Direção-Geral da Saúde e a Direção Executiva do SNS estão a trabalhar no normativo técnico do plano de inverno, que será publicado a 30 de setembro, cabendo depois a cada ULS preparar o seu próprio plano de contingência para responder ao aumento da procura de utentes.