A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, admitiu esta segunda-feira, em entrevista à TVI, generalizar a triagem telefónica para as grávidas, cuja experiência arrancou esta segunda-feira na região de Lisboa e Vale do Tejo.
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A linha SOS grávida arrancou esta segunda-feira como uma experiência de três meses para orientar o encaminhamento das parturientes para o sítio "mais adequado", garantiu a ministra, assegurando que o serviço de pré-triagem vai permitir às equipas de ginecologia e obstetrícia "puderem ficar reservadas para casos urgentes e muito urgentes".
A medida foi esta segunda-feira criticada pelo PCP e pelo Movimento Democrático de Mulheres (MDM) por ser mais um obstáculo no acesso aos cuidados de saúde. Ana Paula Martins garante que o acesso não está a ser cortado, a linha vai sim garantir cuidados urgentes a que quem deles precisa.
A ministra admitiu que a experiência em Lisboa vai ser uma oportunidade importante "para se poder generalizar, nesta área, mas também noutras, a nível nacional" o modelo de pré-triagem. "Ainda temos um sistema de urgência muito desorganizado", afirmou.
Ana Paula Martins manifestou acreditar que vai conseguir chegar a acordo com o Sindicato Independente dos Médicos até 31 de dezembro. E voltou a garantir que retirará as devidas consequências se o inquérito às 11 mortes durante a greve no INEM apontar falhas ao diretor, Sérgio Janeiro.