Ana Mendes Godinho, ministra do Trabalho, defendeu esta sexta-feira, em Matosinhos, que o pilar europeu dos direitos sociais deve ser reforçado e "ter uma voz mais forte nos governos" nacionais como "resposta ao populismo e ao extremismo".
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A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social participa na cimeira do Partido Socialista Europeu (PSE) sobre direitos sociais, que decorre no Terminal do Porto de Leixões, em Matosinhos, e que será encerrada pelo secretário-geral do PS e primeiro-ministro, António Costa, e pelo presidente do PSE, Stefan Löfven. Nicolas Schmit, comissário europeu para o Emprego e os Direitos Sociais, é um dos oradores desta cimeira social.
Tal como a ministra do Trabalho, também Tiago Antunes, secretário de Estado dos Assuntos Europeus, defendeu que "os direitos europeus têm que estar muito fortes na agenda" comunitária. E diz que "há muito trabalho pela frente" para ajudar as pessoas que perderam emprego "na economia antiga" a encontrarem trabalho "na economia nova", com "novas ferramentas" e a transição digital.
O secretário de Estado defendeu ainda que, "se queremos lutar contra o populismo tem de ser a nível europeu".
João Torres, secretário-geral adjunto do PS, reforçou que "é responsabilidade" dos socialistas na Europa "rejeitar e derrotar os extremismos, os populismos e os radicalismos". E disse existir em Portugal "uma Oposição que não olha a meios para atingir os seus fins".
Antes, Maria Manuel Leitão Marques, presidente da delegação do PS no Parlamento Europeu, defendeu a "reinvenção do Estado social para enfrentar os novos desafios" e garantir os apoios sociais necessários perante os efeitos da crise.
"Não tememos elevar a voz sempre que é necessário" prometeu, entretanto, Luísa Salgueiro, em nome dos autarcas. Na abertura da cimeira social do PSE, a presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses saiu em defesa do processo de descentralização de competências promovido pelo Governo do PS.