A ministra da Defesa, Helena Carreiras, vai "guardar o essencial que há a dizer" sobre o caso que envolve Marco Capitão Ferreira, ex-secretário de Estado da Defesa, para a audição na Assembleia da República, que deverá acontecer nos próximos dias. Para já, a governante reafirma as inspeções ao setor da Defesa.
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A governante, que participou, este domingo, na iniciativa Defesa + Jovem na Base Aérea de Maceda, em Ovar, reiterou que a prevenção da corrupção é uma prioridade. "No meu mandato, temos dado muitíssima atenção e prioridade a tudo que tem a ver com o reforço e a promoção da transparência e a prevenção da corrupção e da criminalidade económica e financeira na área da Defesa, para além de várias inspeções que foram e estão a ser desenvolvidas pelas Inspeção-Geral da Defesa Nacional a todas as entidades da esfera da Defesa, incluindo o setor empresarial do Estado, desde dezembro de 2022", sublinhou a ministra.
Helena Carreiras não fala sobre o caso que levou à saída de Marco Capitão Ferreira da Secretaria de Estado da Defesa nem de novas suspeitas, noticiadas pelo Expresso, que envolvem o ex-ministro da Defesa e atual ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho.
"Compreendo a curiosidade que naturalmente têm, mas gostaria de guardar o essencial que há a dizer sobre esse assunto para a audição parlamentar que vai acontecer em breve", assinalou. As audições na comissão parlamentar de Defesa de Helena Carreiras e de João Gomes Cravinho ainda não têm data marcada.
A ministra argumenta que está "um processo judicial em curso. A Justiça está a trabalhar e há que não desvalorizar esse trabalho também. O Ministério da Defesa Nacional tem oferecido, desde o primeiro momento, toda a colaboração com as autoridades judiciais para apurar o que houver a apurar".