Manuel Castro Almeida, ministro da Coesão Territorial e candidato da AD-Coligação PSD/CDS nas próximas eleições legislativas pelo distrito de Portalegre esteve presente, na manhã deste sábado, na “Bênção dos Cordeiros”, um ritual das festas da Páscoa, em Castelo de Vide.
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Questionado pelo JN sobre os reajustamentos feitos pelo Governo no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que obrigou a um corte nas verbas para a construção de casas, nos transporte e recursos hídricos, o governante começou por dizer que “não foram feitas opções, retirámos apenas as obras que não estariam prontas em 30 de junho de 2026. Há obras que nem sequer começaram”, justificou.
Castro Almeida sustentou que aquilo que o Governo fez foi uma opção “entre perder todo o dinheiro dessas obras ou refinanciar as mesmas com outras verbas". "Todas as obras que saíram do PRR, vão ser pagas com dinheiro do Portugal 2030 (P2030), um outro pacote de fundos europeus e com verbas do Orçamento de Estado”, concluiu.
O ministro fez uma comparação entre os prazos de conclusão de financiamento do PRR e do P2030. “O primeiro tem que estar concluído até 2026, já o segundo dá mais tempo para terminar as obras. O prazo limite é 2029 e até lá as obras ficarão feitas”, rematou.
Falando no caso concreto na construção da barragem do Pisão, no concelho do Crato, distrito de Portalegre, Castro Almeida revelou que “espero que as obras comecem dentro das próximas semanas e vai ficar concluída até ao final do prazo do Portugal 2020”, disse.
Colocado perante a candidatura como cabeça de lista da AD pelo distrito de Portalegre, o governante começou por recordar que “este é o único distrito do país que não tem um deputado eleito pelo PSD. "Quero quebrar essa regra”, revelou. "O primeiro-ministro entendeu que a campanha deveria ser feita a dizer às pessoas o que há fazer por parte do Governo. E para onde deveria ir o ministro da Coesão Territorial? Para Portalegre, que é o distrito que tem tido menos atenção dos poderes públicos”, sendo a única capital de distrito que não é servida por uma autoestrada e não tem uma estação de comboio na cidade.
Castro Almeida falou sobre o resultado eleitoral de maio e não assegurou a vitória da coligação de direita: “Quem vai governar é a AD ou o PS e o distrito de Portalegre tem que ter no Parlamento um deputado de cada um dos partidos que pode formar Governo”, concluiu.
Recorde-se que o “novo” PRR corta em 5791 habitações do programa 1º Direito, na retirada do metro de superfície entre Odivelas e Loures, uma das linhas para o metrobus de Braga e ainda as obras da barragem do Pisão (Crato/Portalegre), dessalinizadora do Algarve (Albufeira) e tomada de água do Pomarão (Mértola/Beja), projetos que transitam para o Portugal 2030.