O ministro da Saúde disse, esta segunda-feira, que estão a ser dados "passos significativos" na negociação com os sindicatos médicos.
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Na comissão da Saúde, no Parlamento, Manuel Pizarro afirmou esta segunda-feira aos deputados que a negociação com o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) "está a decorrer". O governante não adiantou mais pormenores, mas referiu que estão a ser dados "passos significativos" para alcançar um acordo entre as duas partes, Governo e sindicatos.
O ministro da Saúde admitiu ser preciso chegar a um "equilíbrio" entre a valorização dos médicos e a garantia da capacidade assistencial do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Na madrugada desta segunda-feira, terminou mais uma reunião negocial entre os sindicatos médicos e o Ministério da Saúde, sem que tenha sido alcançado um acordo. Está marcado um próximo encontro para esta terça-feira.
O grupo parlamentar do PS destacou, na comissão de Saúde, o empenho do Governo no processo negocial com os médicos e questionou o ministro sobre se o acordo irá garantir a atividade assistencial do SNS e responder às reivindicações dos profissionais. Manuel Pizarro disse que, por "respeito às partes", não iria adiantar mais pormenores por a negociação estar ainda a decorrer.
Já João Dias, deputado do PCP, disse esperar que as negociações tenham em conta as pretensões dos profissionais de saúde, já que o SNS é o "porto seguro" e a "melhor resposta que os cidadãos podem ter".
Em comunicado enviado esta segunda-feira de manhã, a FNAM defendeu que "Manuel Pizarro ainda não foi capaz de um acordo digno e sem artimanhas escondidas nas cláusulas". Na terça-feira, diz a estrutura sindical, o Ministério da Saúde apresentará uma contraproposta.