Os mais de 1,7 milhões de utentes sem médico de família é um dos temas que está a dominar o debate desta manhã de quarta-feira na Comissão de Saúde. No dia em que anunciou que todas as Unidades de Saúde Familiar vão ter remuneração associada ao desempenho, Manuel Pizarro responde a perguntas e críticas da oposição.
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Como pretende resolver a falta de médicos de família foi a pergunta que mais se ouviu ao longo da manhã. Nas respostas aos deputados, o ministro da Saúde apresentou várias medidas mas acabou a primeira ronda da audição a admitir que este é um dos problemas que mais o preocupa. "O que me torna mais infeliz como ministro da Saúde é ver as filas à porta dos centros de saúde", reconheceu Manuel Pizarro.
Sobre as medidas em curso, o ministro sublinhou que a generalização do modelo de USF com remuneração por desempenho, anunciada esta manhã, permitirá dar médico de família a cerca de 250 mil utentes este ano. Segundo o governante, as atuais 268 USF- A e as 40 Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) que estão em fase de candidatura para serem USF, passam todas ao modelo de remuneração associada ao desempenho, que atualmente apenas existe nas USF-B. Para as restantes UCSP serão "organizadas equipas para agilizar as candidaturas" de todos os que queiram aderir ao modelo USF, disse o ministro, notando que os profissionais não podem ser obrigados.