Apelidado como um dos "jovens turcos" do PS, João Galamba foi chamado por António Costa para liderar a pasta das Infraestruturas após a saída de Pedro Nuno Santos, de quem era próximo. Quatro meses depois de ter assumido funções como ministro,<a href="https://www.jn.pt/nacional/joao-galamba-demite-se-do-governo-16279390.html" target="_blank"> apresentou a demissão</a>, <a href="https://www.jn.pt/nacional/costa-nao-aceita-demissao-de-galamba-16282543.html" target="_blank">mas António Costa recusou</a>. Em causa está a mais recente troca de acusações com o ex-adjunto do seu gabinete por causa da TAP. Conheça o perfil de João Galamba.
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João Saldanha de Azevedo Galamba nasceu em Lisboa, a 4 de agosto de 1976. É licenciado em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa e iniciou o doutoramento em Filosofia Política pela London School of Economics, que não chegou a terminar. Lecionou Filosofia Política no departamento de Government e trabalhou no Banco Santander de Negócios, na Cluster Consulting e na consultora DiamondCluster International como economista.
Em 2009, aceitou o convite de José Sócrates para participar no fórum Novas Fronteiras e acabou por integrar as listas do PS às eleições Legislativas daquele ano, embora com o estatuto de independente. Chegou à Assembleia da República nesse ano, onde permaneceu durante quase uma década. Foi deputado, coordenador dos deputados do Partido Socialista na Comissão de Orçamento e Finanças e vice-presidente do Grupo Parlamentar do Partido Socialista. A internet sempre foi um campo de batalha política para João Galamba, com um discurso mordaz, argumentativo e até provocatório. Primeiro, na blogosfera e, depois, nas redes sociais, sobretudo no Twitter.
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Às funções de deputado, seguiram-se, a partir de 2018, as de secretário de Estado da Energia, Secretário de Estado Adjunto e da Energia e Secretário de Estado do Ambiente e da Energia. A 4 de janeiro de 2023, assumiu funções como ministro das Infraestruturas, substituindo o amigo Pedro Nuno Santos no cargo. Uma escolha do primeiro-ministro António Costa que lhe elogiou as qualidades executivas "muito importantes" e a "criatividade para resolver problemas" no Governo, atribuindo-lhe responsabilidade por parte do progresso do país na transição energética.
Herdou, então, alguns dossiês polémicos, com destaque para a TAP, que, aliás, acabou por levar à saída de Pedro Nuno Santos. A demissão ocorreu após a polémica em torno do pagamento da indemnização de 500 mil euros a Alexandra Reis para renunciar à administração da companhia aérea.
Com um percurso político de mais de uma década, João Galamba já esteve envolvido em várias polémicas. Duas das mais relevantes foram as investigações sobre o projeto do hidrogénio verde e sobre alegadas irregularidades na concessão e exploração de lítio.