Governo pede ajuda ao setor social para cobrir zonas com falhas. Instituições apoiam 350 mil pessoas e terão de contratar profissionais.
Corpo do artigo
A União das Misericórdias Portuguesas (UMP) terá de contratar mais profissionais de saúde para ajudar a colmatar a falta de médicos de família, como foi pedido pelo Governo. De acordo com o presidente da UMP, Manuel de Lemos, o Ministério da Saúde já apresentou uma proposta para alargar os acordos de medicina geral e familiar. Os 19 protocolos existentes, celebrados ao longo dos últimos anos com várias instituições de Lisboa e Vale do Tejo, permitiram dar médico a cerca de 350 mil utentes.
A falta de médicos de família é um dos principais problemas do Serviço Nacional de Saúde (SNS). No final de novembro, mais de 1,7 milhões de portugueses não tinham um profissional atribuído e, segundo os dados do portal da Transparência, desde o início do ano, o número cresceu mais de 9%. Além disso, de acordo com a Associação Nacional de Unidades de Saúde Familiar (USF-AN), existem quase 674 mil utentes que são acompanhados por médicos de família com mais de 65 anos, que podem reformar-se em breve.