
Carlos Pimentel/Global Imagens
O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, disse, esta manhã de sábado, que o palco-altar do Parque Tejo vai ser uma atração turística após a realização da Jornada da Juventude. "Vai ser o palco onde o Papa esteve, é motivo para muitos turistas virem ver o sítio onde exatamente tudo aconteceu". O Parque Tejo, em Lisboa, onde vai acontecer o evento católico, está aberto ao público, este sábado, até às 17 horas.
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Jorge Vilela olha para o palco-altar, onde o Papa Francisco celebrará a missa final da Jornada da Juventude, surpreendido. "Acho a localização ridícula porque logo a seguir está um monte que dificulta a visibilidade e assim poucos vão ver o Papa. Deveria ter ficado um pouco mais à frente para mais pessoas verem", comenta o morador do Parque das Nações que, tal como outras dezenas de lisboetas, está a visitar, este sábado, os terrenos onde será a Jornada Mundial da Juventude.
O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, que convidou a população a visitar as obras do Parque Tejo, andou, durante esta manhã, a cumprimentar os curiosos que foram espreitar a vasta área verdejante nas margens dos rios Trancão e Tejo. Já é possível ver a ponte pedonal, que ligará os concelhos de Lisboa e Loures, mas que estará fechada durante o evento católico por questões de segurança. Uma estrutura elogiada por vários moradores que por ali passaram, esta manhã.
"Agora já vamos conseguir passar para o outro lado a pé. Isto estava cheio de contentores e agora está tudo limpo. O que mais nos surpreendeu, hoje, foi a imensidão do espaço e a panorâmica", comentava deslumbrado António Faria, 93 anos, que diz acompanhar as obras desde o início. Nazaré Ribeiro sentia o mesmo. "Não há palavras, está lindo. Isto era uma lixeira. Ando sempre aqui a caminhar", conta a moradora.
José Manuel Branco estava mais preocupado. "Mais importante do que fazer obras, é fazer a manutenção depois. Só peço que façam manutenção e que não fique votado ao abandono", pediu o morador a Carlos Moedas.
Pelos 34 hectares, só do lado de Lisboa, já é possível ver nove torres de telecomunicações, alguns bebedouros, um bebedouro para pessoas com mobilidade reduzida, que ficará junto ao palco-altar, casas de banho e lavatórios. Nas próximas semanas, serão instaladas mais três torres de telecomunicações e as restantes casas de banho. Os ecrãs serão instalados mais perto da data do evento católico para a autarquia poupar dinheiro, uma vez que são alugados ao dia, apurou o JN.
O presidente da Câmara de Lisboa disse, em declarações aos jornalistas, que as principais obras estarão prontas em menos de um mês. "O palco estará terminado a 7 de julho e, estando completamente concluído, assim como a ligação pedonal a Loures dentro de uma semana, a obra estará terminada", avançou.
Moedas acredita que o palco-altar será atração turística no futuro, mas espera que também sirva para eventos. "Vai ser o palco onde o Papa esteve, é também um motivo para muitos turistas virem ver o sítio onde exatamente tudo aconteceu. Estamos também a trabalhar com muitas pessoas, a falar com vários operadores, que fazem eventos para que tenha vida no futuro. Faz sentido que possam aqui ser feitos concertos e atividades. O palco é muito apetecível, vamos ter muitas oportunidades de ter aqui eventos", assegurou.
Relativamente ao estado de saúde do Papa, o autarca disse ainda que "não estamos a trabalhar em mais nenhum cenário" para além da vinda do líder da Igreja Católica. "O Papa está a melhorar, as notícias são boas. Estamos muito positivos em relação à evolução do estado de saúde do Papa. Estamos convictos que vamos conseguir. Como disse o bispo Américo Aguiar só temos um plano, o plano F", frisou.
