Montenegro avisa líder do PS que terá de fazer um "esforço" se quiser diálogo
Primeiro-ministro diz ser preciso aproximar posições. Politólogo crê que distância é curta para PS sonhar com eleições e que Chega pode ficar mais ao lado do Governo pelo risco de perder relevância para liberais.
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Pedro Nuno Santos garantiu que o PS está disponível para dialogar e Luís Montenegro respondeu que “todos têm de fazer um esforço para aproximar posições”, após ter sido acusado de “ignorar o Parlamento e a Oposição”. Crítica que o líder socialista repetiu ontem no rescaldo de uma vitória renhida que, para o politólogo Miguel Ângelo Rodrigues, é demasiado curta para “sonhar com eleições antecipadas”. Destaca ainda que o risco de perder relevância para a IL pode levar o Chega a estar mais vezes ao lado do Governo, desde logo para o próximo Orçamento do Estado (OE).
Num recado ao líder do PS, que reclamou o título de primeira força política em Portugal, Montenegro referiu, em Pedrógão Grande, que “todos falam, de facto, muito em diálogo, mas todos têm de fazer um esforço para aproximar posições”. E “vamos tentar fazê-lo”, prometeu, admitindo que “há, com certeza”, pontos de entendimento.