Luís Montenegro acusou, este domingo, o PS de falar mais da Aliança Democrática (AD) do que em propostas concretas para os problemas dos portugueses. “Confio muito na sabedoria e na lucidez do povo português”, disse, na Figueira da Foz, ao lado de Pedro Santana Lopes, que atacou o “descaramento” de António Costa.
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O candidato da Aliança Democrática (AD) desvalorizou a entrada do primeiro-ministro António Costa na campanha do PS. “Sinceramente, acho que não acrescentou nada em termos de perspetiva de futuro”, considerou Luís Montenegro, no final de uma arruada, este domingo, na Figueira da Foz.
O líder do PSD insistiu, contudo, em apontar aos socialistas o facto de estarem mais preocupados em falar da AD do que em revelar aos portugueses quais são as suas propostas para os problemas da Saúde, da Educação, da Habitação.
“Qual é a resposta do PS? Isso é que importa. Agora, uma campanha do PS a falar permanentemente da campanha da AD, acho que os portugueses em casa tiram as conclusões”, atirou Montenegro, garantindo que, “até ao último segundo”, vai continuar focado em mostrar as propostas da coligação e vincando: “Confio muito na sabedoria e na lucidez do povo português”.
As palavras mais duras para António Costa e para os socialistas ficaram para Pedro Santana Lopes, que acompanhou Montenegro durante a arruada na Figueira da Foz. “Em matéria de descaramento ninguém ganha ao PS”, afirmou o antigo primeiro-ministro.
Para o presidente da Câmara da Figueira da Foz, no comício do Porto, António Costa foi até “muito deselegante” na forma como se referiu aos antigos líderes do PSD, sobretudo a Durão Barroso, que acusou de ter fugido do país quando assumiu a presidência da Comissão Europeia.
“Nenhum dos antigos líderes do PSD ou do CDS fugiu a dizer que vinha aí o pântano nem se demitiu por peripécias passadas no seu gabinete. Saímos, ganhando ou perdendo, com honra e isso é o principal”, contra-atacou Santana Lopes, referindo-se à demissão de António Guterres na noite das autárquicas de 2001 e ao caso dos envelopes com dinheiro no gabinete do chefe de gabinete de António Costa.
Mas Santana Lopes não se ficou por aí. “Há quem ponha os filhos e os netos em escolas privadas, defendendo a escola pública e há quem saia de primeiro-ministro para ir fazer pós-graduações em escolas privadas quando são defensores do ensino público”, atirou o ex-líder do PSD, visando Pedro Nuno Santos e António Costa.