Montenegro diz ser "falso" que tenham sido retiradas verbas no combate aos incêndios
Luís Montenegro defendeu esta quarta-feira, no encerramento do debate de urgência sobre o combate aos incêndios, que "é injusto e falso o argumento de que foi retirada verba a esta área". E criticou o PS por se "queixar" agora, quando esteve no poder oito anos. Defendeu ainda que não vestiu coletes da Proteção Civil, mas que isso não significa que estivesse "a leste".
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"O mais estranho é que quem teve nas mãos o poder de execução se queixe agora", atirou o primeiro-ministro numa crítica ao PS, que na abertura do debate tinha afirmado que o Governo "esteve sempre ao lado" e pediu à Oposição para "convergir na solução".
Montenegro respondeu à acusação de que este Governo retirou verbas necessárias ao combate dos incêndios, considerando que não faz sentido. "É verdade que houve reprogramação em termos de fundos comunitários. Reprogramamos o PEPAC mas temos outros instrumentos como o Plano de Recuperação e Resiliência", prosseguiu. E "estamos a gastar cerca de 50% mais", contrapôs o chefe do Governo da AD.
Montenegro repetiu o que disse no final do Conselho de Ministros que aprovou 45 medidas e um plano para as florestas até 2050, admitindo novamente que "possa ter contribuído" para "a perceção injusta" de que o Governo não esteve tão envolvido no combate aos fogos como devia.
"Não nos furtamos a dar explicações sobre aquilo que fizemos", afirmou ainda.
"Há uma coisa que não fizemos: não vestimos coletes da Protecção Civil para ir para o terreno onde as chamas estavam a deflagrar porque quisemos respeitar a prioridade que demos ao trabalho operacional. Demos cumprimento a uma estratégia que visava e visa proteger as pessoas e património. O mesmo não é dizer que estamos a leste", atirou, explicando que seguiu as indicações dadas pelos especialistas na sequência dos grandes incêndios de 2017.