Luís Montenegro não equaciona demitir-se de imediato, ou depois das eleições autárquicas, se perder as eleições do próximo dia 18, e assegurou que não existe “nostalgia" pelo regresso de Passos Coelho ao PSD
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“Não há nenhuns indicadores que apontem para uma derrota, por isso, não equaciono a demissão”, afirmou o líder da AD no debate das rádios transmitido em direto esta manhã pela TSF, Antena 1, Renascença e Observador, com a presença dos líderes dos partidos com assento parlamentar (PSD, PS, Chega, Iniciativa Liberal, PCP, Bloco de Esquerda, Livre e PAN), no âmbito das eleições legislativas do próximo dia 18 de maio.
Olhando também para o cenário pós-eleições, Pedro Nuno Santos respondeu igualmente que não equaciona a saída se não vencer as eleições, desvalorizando as sondagens que apontam para a vitória da AD.
No debate a oito, a Justiça foi um dos primeiros temas, juntamente com a discussão da Spinumviva, empresa da família de Luis Montenegro. O primeiro ministro reafirmou que a transmissão familiar foi “legal”, mas foi criticado pelos restantes líderes partidários, que o responsabilizaram pela crise política.
O Ministério Público também foi alvo do debate, Questionado, Pedro Nuno Santos revelou que ainda não foi ouvido pelo MP sobre a investigação preventiva relativamente a suspeitas sobre a aquisição de dois imóveis por parte do líder do Partido Socialista, um em Lisboa e outro em Montemor-o-Novo. E disse que o gostaria de fazer antes das eleições para que não se confunda este caso com o da Spinumviva.
Pedro Nuno Santos disse ainda que o PS está disponível para um consenso alargado com o PSD na área da Justiça na próxima legislatura.