Luís Montenegro escolheu um Governo de combate, com um núcleo duro da sua plena confiança, para enfrentar uma legislatura que se prevê adversa. Quatro dos seis vice-presidentes do PSD integram a lista de 17 ministros. Mais de 60% da Comissão Permanente do PSD, a cúpula da direção, está no elenco ministerial.
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O Governo terá o mesmo número de ministros do último Executivo do PS (17), mas menos duas mulheres (sete). Quatro dos ministros vêm da cúpula do partido: Paulo Rangel (Negócios Estrangeiros), Miguel Pinto Luz (Infraestruturas e Habitação), António Leitão Amaro (Presidência) e Margarida Balseiro Lopes (Juventude e Modernização). Nove dos titulares de pastas - mais de metade - são formados em Direito. Há quatro independentes, todas mulheres.
Extinguem-se dois ministérios: um é o da Ciência, que se junta à Educação, em linha com o que o PSD tem feito quando é poder (o ministro será o economista Fernando Alexandre); o outro é o da Habitação, que volta a fundir-se com as Infraestruturas (Pinto Luz fica com a TAP, a ferrovia e o delicado tema da habitação, como ocorria quando Pedro Nuno Santos tutelava a área). Em contrapartida, será criado um novo ministério: o da Juventude e Modernização, a cargo de Margarida Balseiro Lopes.