Luís Montenegro disse, neste domingo, em Bragança, que o país tem "as contas públicas equilibradas" e em "ordem".
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"Por isso, é possível desenvolver os territórios e fazer um bom trabalho com o poder que o povo nos concede, mas não prejudicar aqueles que estarão aqui a seguir a nós, deixando-lhes um legado de dificuldade financeira, ou de uma herança de dívidas", referiu num comício da campanha do candidato à Câmara Municipal, Paulo Xavier.
"É possível. Nós estamos a fazer isso no país e em Bragança. Vamos continuar a fazer obras, mas vamos continuar a ver a economia crescer para termos os meios para pagar aquilo que fazemos", acrescentou o presidente do PSD e primeiro-ministro. Em Bragança, Montenegro aproveitou, ainda, para justificar que "quando alguns projetos atrasam um bocadinho mais" e "não temos capacidade de executar tão rápido, porque não entramos numa situação muito favorável. Gostavam mais de papéis e de PowerPoint do que de executar", criticou.
Deu como exemplos a estrada de ligação Bragança-Rio de Onor. "Obras que estão no PRR, estejam tranquilos. Nós não vamos deixar de executar essas obras, mesmo que tenhamos de acrescentar oportunidades de financiamento", vincou. Tudo isto para ter um país, onde "ninguém fica para trás".
Também em Bragança, onde os agricultores compareceram ao comício de trator, Luís Montenegro destacou que "o PSD trouxe para a linha da frente a agricultura, a pecuária e a floresta, como um setor estratégico da nossa economia, da ocupação do território para poder dar ao comércio e à indústria mais oportunidades de trabalho".
O presidente do PSD afirmou que "não é por Bragança estar neste cantinho cá em cima" que os seus filhos "não devem ter as mesmas oportunidades e condições para construírem os seus projetos e os seus sonhos que todos os outros portugueses que nascem no resto do território nacional".
O primeiro-ministro disse ainda que Paulo Xavier, em quem deposita a máxima confiança, "será em toda a plenitude o presidente da Câmara Municipal de Bragança nos próximos anos". Montenegro diz que conhece as 39 freguesias do concelho e disse que "nem era preciso referir a sua ligação a Rabal [onde tem raízes familiares], porque todo o país já sabe". Não deixando de sublinhar o "bom trabalho" desenvolvido pelo município transmontano nas últimas décadas, o líder social-democrata disse que a evolução de Bragança "faz corar de inveja muitas terras, muitas equipas que tiveram as mesmas oportunidades e não conseguiram ter os mesmos desempenhos", sublinhou.