Maria Luís Albuquerque e Poiares Maduro estão entre as hipóteses apontadas para o Executivo comunitário. Primeiro-ministro mantém a sete chaves as opções para colégio de comissários.
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O segredo é a alma do negócio parece ser o lema de Luís Montenegro que, tal como fez para o cabeça de lista às europeias, guarda a sete chaves as suas escolhas para o colégio de comissários. Segundo fonte do Governo, o primeiro-ministro está a centralizar este dossiê e quer ser ele próprio a anunciar quem fará parte da equipa de Ursula von der Leyen, o que poderá acontecer já na Universidade de Verão do PSD da próxima semana que termina com o discurso do líder. Os antigos ministros Maria Luís Albuquerque e Poiares Maduro são nomes apontados.
A presidente da Comissão Europeia pediu que fossem remetidos até final deste mês todos os nomes, que ainda terão de ser aprovados pelo Parlamento Europeu. Escreveu no mês passado aos 27 países solicitando que apresentassem duas propostas, até 30 de agosto, para o lugar de comissário, um homem e uma mulher, num esforço para promover a paridade de género, abrindo nesta regra uma exceção para os governos que optaram por reconduzir os atuais comissários. Mas a vontade da líder do Executivo não está a ser respeitada.
Portugal continuou, entretanto, esta semana na lista dos poucos países que ainda não tornaram público os escolhidos. Poderá voltar a ter uma mulher no colégio de comissários, uma vez que a maioria dos estados-membros indicou um homem. Em 22 países que anunciaram o candidato a aprovar pelos eurodeputados, só meia dúzia apontaram mulheres.
Ex-ministra ganha força
Miguel Poiares Maduro, ex-ministro do Desenvolvimento Regional, tem sido há muito apontado para o lugar. Nos últimos dias, ganhou força a ideia de que será uma mulher a integrar o colégio de comissários, como foi o caso de Elisa Ferreira, também ex-ministra que foi indicada por António Costa e ficou com a pasta da Coesão e Reformas.
Se for de novo uma mulher, com a desejada experiência governativa, perfila-se Maria Luís Albuquerque, ministra das Finanças de Passos Coelho. Mas tudo depende também da pasta que Portugal tiver, distribuição que cabe a Ursula von der Leyen, que apenas deverá ter a lista com os 27 comissários e as pastas fechada em meados de setembro.
Outras hipóteses
O nome da antiga governante foi avançado no início da semana pela edição europeia do jornal “Politico”. “Maria Luís Albuquerque, uma ex-ministra portuguesa das Finanças que geriu a crise bancária no país, é a segunda opção para Lisboa”, escreveu.
Enquanto Montenegro não abre o jogo, outros nomes surgem, como o do ex-ministro Miguel Macedo. Já o Expresso referiu Álvaro Santos Pereira, ex-ministro da Economia que trabalha na OCDE, o ex-deputado Ricardo Batista Leite e Mónica Ferro, que está atualmente no Fundo as Nações Unidas para a População.