O candidato da Aliança Democrática (AD), Luís Montenegro, pediu, esta terça-feira, o voto dos eleitores do Chega. Luís Montenegro pediu que ponderem e que percebam que votar naquele partido não impede o PS de ganhar.
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Num comício nas Caldas da Rainha em que o ex-líder do CDS-PP, Paulo Portas, avisou para o perigo de os extremismos chegarem ao poder, Luís Montenegro pediu ao eleitorado do Chega que faça uma “ponderação”, considerando que "muita dessa força vem da frustração, da indignação, às vezes mesmo da revolta que muitos portugueses sentem porque os poderes públicos não estão a dar a resposta que essas pessoas exigem a vários níveis, do Estado do Social, da Segurança, da Justiça, do combate à corrupção”.
Para o líder da Aliança Democrática (AD), esses eleitores do Chega também querem dar um sinal “que se dirige de forma particular aos dois grandes partidos que lideraram os governos desde o 25 de abril”. “Nos últimos 30 anos, o PS governou 22. Mas eu não tenho problema em assumir que possa haver também aí algum protesto dirigido ao PSD. Nós não fizemos tudo bem e nós estamos no subconsciente das pessoas como corresponsáveis por muitas dessas coisas que geram indignação”, assumiu.
Vincando que essas pessoas “não são racistas, não são xenófobas”, Luís Montenegro referiu que o eleitorado do Chega “também acha que o líder desse partido não vai resolver nada, que o programa desse partido não traz soluções”.
“Disse olhos nos olhos (de André Ventura): 'Não é Não'. Disse que aquele programa não é realista, não é exequível, que quer apenas aproveitar esse tal sentimento de frustração”, destacou.
Por isso, Montenegro exortou: “O que lhes peço é que façam uma ponderação, que aproveitem estes dias para analisar todas as consequências que o seu voto pode comportar. Respeitarei a sua decisão. Mas estou convencido que muitas pessoas que já votaram no passado nesse partido foi porque, no essencial, pretendem mudança, pretendem tirar o PS do Governo”, concluiu.