Recandidato a líder diz na sua moção que “há seguramente nos quadros” do PSD figuras fortes para 2026 e espera que manifestem a sua disponibilidade.
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Luís Montenegro quer apoiar nas eleições presidenciais um militante do PSD “com notoriedade”. Na moção de estratégia global do recandidato à liderança do partido, que foi entregue esta segunda-feira, diz aguardar “as disponibilidades eventuais de militantes”. E promete uma candidatura “abrangente” a Belém que possa atrair “eleitores de outras áreas políticas”.
“Há seguramente nos nossos quadros partidários militantes com notoriedade e conhecimento profundo e transversal do país, das políticas públicas, das instituições democráticas e cívicas, da realidade geopolítica internacional, da nossa participação na ONU, na União Europeia, na Nato, na CPLP e em todas as plataformas internacionais em que intervimos”, defende o líder.
Portas e Gouveia fora
Do mesmo modo, não duvida que há no partido “personalidades que dão garantias de isenção e competência para cumprir as responsabilidades” inerentes ao chefe do Estado.
Na eleição presidencial de 2026, que recorda ser “unipessoal”, o PSD seguirá “a tradição de aguardar as disponibilidades eventuais de militantes do partido com apetência e qualificação pessoal e política para o cargo”.
Esta orientação barra nomes como os do centrista Paulo Portas e do almirante Gouveia e Melo, ao fechar a porta a uma candidatura que não seja de um militante do PSD.
Há dias, o secretário-geral do partido e líder parlamentar, Hugo Soares, defendeu que Leonor Beleza seria uma “excelente candidata”. O que foi entendido com um sinal de que o PSD não quer ficar refém de figuras como Marques Mendes, Passos Coelho ou mesmo Durão Barroso.
Na moção “Acreditar em Portugal”, o candidato único à liderança diz que “corre a favor” do PSD a forma como Cavaco e Marcelo “exerceram o seu magistério sem qualquer preferência partidária e com total imparcialidade”.
Mas o primeiro desafio é em 2025, com o líder a prometer recuperar nas autárquicas a liderança de municípios e freguesias.
Detalhes
Nome para Bruxelas
A escolha de Montenegro para o colégio de comissários é revelada esta semana. A ex-ministra Maria Luís Albuquerque é o nome provável se for uma mulher, como pediu Ursula von der Leyen para maior paridade.
Líder entregou moção
O recandidato a líder escolheu o primeiro dia da Universidade de Verão para entregar a moção de estratégia global. As diretas são a 6 de setembro.