Candidato a secretário-geral do PS diz que líder social-democrata dirige as atenções para Pedro Nuno Santos por saber que assim terá vida facilitada. "Sabe que tenho condições para ganhar", argumentou Carneiro, este sábado em Alfândega da Fé.
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José Luís Carneiro, candidato a secretário-geral do Partido Socialista, afirmou este sábado, em Alfândega da Fé, sobre o direcionamento das atenções e das críticas por parte de Luís Montenegro mais para Pedro Nuno Santos do que para si, que o líder do PSD “terá as suas razões para querer valorizar o outro candidato”, mas que tem uma interpretação para isso. “Ele tem medo de se combater comigo nas eleições legislativas porque sabe que tenho condições para ganhar estas eleições, à luz dos estudos de opinião que estão a ser realizados”, acrescentou o candidato a líder dos socialistas.
Carneiro notou que tem recebido “milhares de mensagens” de cidadãos “que não confiam em Luís Montenegro e que votarão em mim se eu ganhar as eleições no Partido Socialista”, disse à entrada para um encontro com militantes socialistas.
Como resposta às acusações do líder social-democrata, que o acusou de pertencer a um governo que abriu a porta ao radicalismo, e que ambos os candidatos [socialistas] abraçaram o PCP e o Bloco de Esquerda, José Luís Carneiro referiu que “há um grande partido, que é o capaz de conseguir travar o extremismo que procura colocar em causa os valores constitucionais, um grande partido que fala para o conjunto da sociedade portuguesa e é um partido progressista, europeísta, a favor dos direitos humanos e que luta contra todo o tipo de violência e procura a dignidade e igualdade de todo o ser humano , que é o PS”.
O candidato a líder dos socialistas recomendou a Luís Montenegro que tenha “um rebate de consciência” e “lembrar-se do que foram os tempos do PSD/CDS no governo, que retiraram a própria esperança aos portugueses no futuro”, explicou em Alfândega da Fé de onde saiu para um jantar com apoiantes em Ribeira de Pena, no distrito de Vila Real.
O líder social-democrata acusou-o de ser responsável pela “confusa extinção do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras”, mas José Luís Carneiro garante que são afirmações “de quem desconhece em absoluto o SEF e os desafios que se colocam à própria União Europeia e revelam que é alguém que não tem experiência política, nomeadamente governativa e executiva e por isso faz essas afirmações”.
O candidato a secretário-geral do PS acusou e Montenegro que quando “o PSD e o CDS estiveram no Governo cortaram os salários, cortaram pensões, cortaram os subsídios de Natal - todos recordam- aconselharam os novos jovens e professores a emigrar e destruíram muitos serviços públicos, aqui neste região encerraram tribunais negando às populações o que de mais básico têm, enquanto o governo do PS com António Costa repôs salários, rendimentos e serviços públicos”, descreveu.
Sobre a sua candidatura diz que tem “um caminho, que é continuar a liderar a valorizar o rendimento, os salários e criar condições para valorizar o investimento privado, e por isso apoiei um pacote para apoiar as PME que criam mais de 35 mil milhões de euros de riqueza”, acrescentou.
