Morais Sarmento pede disponibilidade da IL e CDS para acordo pós-eleitoral com PSD
O ex-ministro Nuno Morais Sarmento defendeu, este sábado, que ainda antes das eleições o CDS-PP e a IL revelem ao país a disponibilidade para dialogarem com o PSD. “O todo é muito mais do que as partes”, disse.
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O ex-ministro de Durão Barroso não escondeu que gostaria que tivesse sido possível uma coligação pré-eleitoral com o PSD, CDS-PP e IL. “Não foi possível fazer uma coligação pré-eleitoral, do que eu tenho pena, mas não vejo que exista qualquer impedimento para que ainda antes das eleições seja possível promover com o CDS-PP, com a IL, com o que resulte das eleições do PS, uma base comum que permita, por um lado, dar o tal élan que precisamos de acrescentar àquilo que consistente e laboriosamente o nosso líder tem feito”, defendeu Nuno Morais Sarmento.
Para o antigo vice-presidente do PSD, era importante, assim, que ainda antes das eleições a IL e o CDS-PP manifestassem ao país a disponibilidade para dialogarem com o PSD depois de 10 de março. “Era muito importante anunciarem mesmo antes das eleições essa base comum. É muito simples. É só dizerem: tal como não estão disponíveis para conversar depois das eleições com o PS, o BE ou o PCP, estão obviamente disponíveis para encontrar um caminho comum connosco e com todos os partidos da direita democrática. É um ponto fun damental pelo qual devemos lutar”, defendeu.
“O todo é mais do que a soma das partes. Quem recordar a AD recorda isso mesmo. Nessa base comum, agregando a diversidade de opiniões, que permita aos eleitores reforçar a convicção de que é possível em Portugal uma maioria não socialista”, reforçou Nuno Morais Sarmento, que avisou o partido para as dificuldades que serão encontradas durante a campanha, pedindo para que não se deixe que o PS o distraia do seu foco essencial: mostrar um programa alternativo e ganhar as eleições.
Antes do discurso, Morais Sarmento chamou ao pé de si Luís Montenegro para lhe entregar um presente enviado pela militante Leonor: o pin usado por Francisco Sá Carneiro na sua primeira vitória eleitoral.