Jorge Moreira da Silva confirmou que não vai entrar na disputa pela liderança do PSD, pelo menos nos próximos três anos. Já há duas semanas o ex-ministro do Ambiente tinha admitido que poderia não ser a altura ideal para avançar para tal corrida.
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"Hoje inicio o meu segundo mandato de 3 anos como Diretor da Direção de Cooperação para o Desenvolvimento da OCDE, em Paris, gerindo uma equipa fantástica de 200 quadros internacionais". A publicação que Jorge Moreira da Silva colocou no seu Facebook veio esclarecer as dúvidas que existiam sobre a possibilidade de abandonar a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) para se candidatar à presidência do PSD.
Porém, o ex-ministro do Governo de Passos Coelho salientou que não vai deixar de continuar a dar a opinião sobre o partido. "Apesar de continuar a trabalhar em Paris, não prescindo de dar o meu contributo cívico enquanto militante de base do PSD e enquanto presidente do think-tank Plataforma para o Crescimento Sustentável que fundei em 2011", frisou.
Moreira da Silva tinha admitido, a 17 de outubro, à margem de uma conferência na Fundação Calouste Gulbenkian, um certo incómodo com o "frenesim" de nomes que surgiam na praça pública para suceder a Rio. "Se for para uma mera mudança de protagonistas e um lifting do partido, acho que não vale a pena", disse, quando questionado pelos jornalistas se equacionava avançar.
"Há frenesim a mais no ar e incomoda-me que se assista a um certo feudalismo, em que se vão criando desfiles de apoiantes - dirigentes locais, autarcas - como se alguém fosse dono dos votos e bastasse arranjar meia dúzia de pessoas como apoiantes para ter aclamação", sublinhou, então, deixando em "stand by" a possibilidade de se candidatar.
Na corrida estão o atual presidente do partido, Rui Rio, que se recandidata após ter perdido as eleições legislativas, o ex-líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, que já tinha tentado uma sucessão no início deste ano, e ainda Miguel Pinto Luz, o vice-presidente da Câmara de Cascais e ex-presidente da Distrital laranja de Lisboa.