Médicos e administradores hospitalares criticam despacho que “não traz nada de novo” e não resolve problemas. Ministra diz que há exceções para “questões familiares e pessoais”.
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A decisão do Ministério da Saúde de mandar os hospitais reanalisar os planos de férias dos profissionais das urgências para garantir o funcionamento daqueles serviços durante os períodos mais críticos do inverno “só vai aumentar a insatisfação” e afugentar ainda mais os médicos do SNS. Sindicatos e administradores hospitalares criticam a decisão, considerando que “não resolve nada” e lembram que as férias são aprovadas em abril. No meio da contestação, a ministra da Saúde veio garantir que o despacho prevê exceções para “questões familiares e pessoais”.
A três dias de uma greve nacional de médicos, convocada pela FNAM, e outra de enfermeiros, convocada pelo SEP, a notícia do despacho, avançada ontem pelo jornal "Público", aumentou o mal-estar no setor e pode ter o efeito de levar ainda mais profissionais descontentes à rua, na terça e quarta-feira.