Os dados da Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE) apontam que as mulheres recebem menos 13,2% do que os homens, o que equivale a 48 dias de trabalho sem serem pagas.
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Nesta quinta-feira celebra-se o Dia Nacional da Igualdade Salarial com uma cerimónia organizada pela CITE, onde será entregue o Selo da Igualdade Salarial. Este prémio tem como objetivo distinguir empresas com um terço da proporção de trabalhadores, ou mais, do "sexo menos representado" e com uma taxa de desigualdade salarial entre mulheres e homens entre "1% e -1%".
A Comissão revela, em comunicado, que, segundo dados de 2022, as mulheres ganham menos 13.2% que os seus colegas masculinos, uma desvalorização apontada para os 160 euros por mês. Ao todo, as mulheres trabalham 48 dias sem serem pagas, em relação ao salário dos seus colegas. Com os prémios e subsídios regulares incluídos, a diferença aumenta para 16%, ou seja, menos 235 euros por mês. No caso das mulheres em cargos "de topo", a discrepância aumenta para cerca de 854 euros, tal como entre trabalhadores com ensino superior, onde cresce para cerca de 642 euros por mês.
O Selo da Igualdade Salarial vai ser entregue a cerca de 15 mil empresas, que promovem a igualdade salarial entre homens e mulheres, incluindo cerca de 334 mil trabalhadores. A atribuição deste prémio é baseada nos balanços das diferenças remuneratórias por empresa, com base nos dados do Relatório Único.
A CITE aponta ainda que estão a ser desenvolvidas políticas, estratégias e medidas para "promover a igualdade salarial entre homens e mulheres", e refere a norma "NP 4588:2023 -Sistema de gestão para a igualdade salarial entre mulheres e homens", que define os requisitos necessários para que se "implemente, mantenha e gerencie um sistema de gestão" que mantenha uma organização a promover a igualdade salarial.
A cerimónia ocorre entre as 14 e as 17.30 horas, no Salão Nobre do Instituto Superior Técnico, em Lisboa.