
O estudo atesta que, nos últimos anos, há uma tendência para uma diminuição da diferença salarial entre homens e mulheres
Foto: Rui Oliveira/Arquivo
A diferença salarial entre homens e mulheres tem vindo a diminuir ao longo dos últimos 15 anos, porém a disparidade ainda é elevada. Uma análise do Observatório Género, Trabalho e Poder revela que o diferencial chegou aos 17,5% em 2023. Na prática, é como se as mulheres que trabalham não recebessem durante mais de dois meses. CGTP diz que "o caminho tem de ser outro" e apela a medidas para mitigar as discrepâncias.
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Em comparação com os homens, as mulheres trabalham "de graça" 64 dias por ano. Esta é uma das conclusões do relatório "Indicadores-chave - Diferencial Remuneratório entre Homens e Mulheres (Gender Pay Gap)", coordenado pela socióloga Sara Falcão Casaca, relativo a 2023, divulgado este mês. Segundo a análise, que utiliza os dados recolhidos pelo Gabinete de Estratégia e Planeamento do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (GEP - MTSSS), o diferencial entre homens e mulheres é de 14,5% na remuneração base mensal e de 17,5% na remuneração ganho, que tem em conta "as prestações regulares e os subsídios complementares auferidos como contrapartida do trabalho prestado".

