Fernanda Lacerda, atual companheira do ministro do Ambiente, teve parecer favorável da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP) para vogal do Conselho de Administração da Águas do Norte, lugar que ocupa desde junho de 2016. Em junho do ano passado, foi promovida a vice-presidente.
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Depois de ter trabalhado com Matos Fernandes nas Águas do Porto - ela como diretora e ele como presidente, entre 2014 e o final de 2015 -, Fernanda Lacerda conta com 20 anos de percurso dentro do grupo ADP - Águas de Portugal, segundo fonte da empresa pública.
O seu nome foi sujeito a um parecer da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP), que a considerou "adequada" para vogal da Águas do Norte. Isto, em junho de 2016, quando terá saído da Águas do Porto.
Ainda segundo a ADP, em resposta ao JN, Fernanda Lacerda "foi proposta pela ADP - Águas de Portugal, SGPS, S.A., acionista maioritário da Águas do Norte, como vice-presidente do conselho de administração em junho de 2018, após parecer favorável da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP)".
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Esta sexta-feira, o ministro do Ambiente negou qualquer intervenção na designação da ex-mulher, Ana Isabel Marrana, para assessora da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) ou da ascensão da atual companheira, Fernanda Lacerda, a vice-presidente da Águas do Norte. Uma e outra já tinham uma carreira no Estado antes das promoções, disse fonte ministerial.
Refira-se que Isabel Marrana, divorciada do ministro no verão de 2018, foi chefe de gabinete da secretária de Estado de Ordenamento do Território, desde a tomada de posse do Governo. Após a separação, decidiu rumar ao Norte e voltar ao lugar de origem na Comissão de Coordenação Regional do Norte (CCDR-N). A 1 de janeiro de 2019, tornou-se assessora da Agência Portuguesa do Ambiente na Administração da Região Hidrográfica do Norte
Matos Fernandes garantiu, esta sexta-feira, que Isabel Marrana "não foi nomeada", mas sim "requisitada" e que a ex-mulher "trabalha há mais de 30 sempre na área do ambiente". Sobre o outro caso, recusou comentar "a vida pessoal".