Em 2014, João Martins, de 66 anos, descobriu que depende de oxigénio para o resto da vida e hoje é o “segundo maestro” do coro RespirAr a Música.
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João Martins desliga a pequena máquina de oxigênio que carrega, diariamente, ao ombro para usar outro com um tubo de vários metros que chega até à mesa, aguarda onde pelo ensaio no computador. Às quintas-feiras à tarde, os ensaios tornaram-se sagrados para o reformado de 66 anos e os 12 doentes afetados, que integram o coro RespirAr a Música.
Com a ajuda do maestro Dale Chappell e da fisioterapeuta e coordenadora do projeto, Catarina Agapito, fazem exercícios de ginástica, de musculação para o canto e, por fim, cantam as letras que conhecem de cor, muitos dos sucessos dos anos 80. É assim que , nestes últimos quatro anos de ensaios, aprenderam a controlar os praticantes em grupo e a enfrentar de outra forma a doença que limita as suas vidas.