Direção-Geral de Saúde recomenda que não se consuma broa de milho em mais de uma dezena de concelhos dos distritos de Leiria, Aveiro, Coimbra e Santarém, na sequência de 187 casos de toxinfeção alimentar.
Corpo do artigo
Após os casos de toxinfeção alimentar ligados ao consumo de broa de milho, a Direção-Geral de Saúde (DGS), em comunicado conjunto com a ASAE, considera ser "recomendável que se interrompa o consumo deste alimento nas áreas geográficas" dos distritos de Leiria (Pombal, Ansião, Leiria, Marinha Grande, Pedrógão Grande), Santarém (Ourém), Coimbra (Figueira da Foz, Condeixa-a-Nova e Coimbra) e Aveiro (Ílhavo, Vagos).
As entidades alegam que "decorre uma investigação por parte das autoridades competentes", sendo esta "uma medida preventiva e de caráter transitório". Assim, "até que este alimento seja considerado seguro, apela-se à colaboração dos cidadãos", lê-se no comunicado.
Os casos começaram a surgir no distrito de Leiria a meados do mês passado. "Entre 21 de julho e 9 de agosto de 2023 foram registados 187 casos que apresentavam um quadro sintomático semelhante, principalmente secura da boca, alterações visuais, tonturas, confusão mental e diminuição da força muscular. Estes sintomas foram observados entre 30 minutos a 2 horas após a ingestão de alimentos", refere a DGS.
Decorre uma investigação epidemiológica, a ser conduzida pelos Departamentos de Saúde Pública das Regiões Centro e Lisboa e Vale do Tejo, Direção-Geral da Saúde, Autoridade de
Segurança Alimentar e Económica, Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, Direção-Geral de Alimentação e Veterinária, Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge e Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses.
Existe a suspeita que a origem da toxinfeção "pode estar relacionada com a farinha usada na confeção deste alimento", a broa de milho. Como ainda não foi possível identificar a origem, as autoridades recomendam assim que não se consuma broa de milho até a investigação ser concluída.